O domingo nos presenteou com uma enorme manifestação democrática, com características diferentes das de 7 de setembro.

Sem financiamento dos ogros da agro, nem do PCC, nem da Faria Lima, nem das demais organizações de agiotas, sonegadores ou criminosos.

Sem pastores fakes que enriqueceram roubando dinheiro de pobre e pregando preconceito e ódio, o exato oposto dos ensinamentos de Cristo.

Sem moralistas fakes, que defendem ou ignoram os crimes dos poderosos, ao mesmo tempo em que caluniam e condenam por convicção os que lutam pela Democracia e justiça social.

Sem patriotas fakes levando a bandeira dos EUA e de Israel. Aliás, notei que a bandeira americana esteve ausente de todas as manifestações democráticas de hoje pelo Brasil afora. Não é um fenômeno brasileiro. É um fenômeno internacional.

Li há alguns dias no New York Times que ultimamente a bandeira americana só se faz presente no exterior em manifestações antidemocráticas. Isso reflete, segundo o jornal, a “mudança internacional na percepção do papel dos EUA”.

A mudança é mérito de vários presidentes, principalmente de Donald Trump. Ele está fazendo o trabalho que eu esperava dele. Ele praticamente destruiu a OTAN e conseguiu unir seus três mais formidáveis adversários, Rússia, China e Índia. Trump está destruindo a economia e as instituições democráticas, dinamitando a Educação e a Ciência, envenenando o país com desinformação. Ele está expulsando cérebros estrangeiros das fábricas e das universidades.

O ponto alto do domingo foi a manifestação de Copacabana liderada por octogenários de alta octanagem. Eles provaram que a vida produtiva do homem não termina aos oitenta.

Nunca despertei tão animado e tão otimista numa manhã de segunda-feira.

Enfim, foi o meu presente de aniversário, com um dia de atraso. Mais do que isso, foi um presente para o Brasil inteiro.

22/09/2025
Petronio Filho

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Foto Amanda Perobelli/Reuters via BBC