21 de Setembro, Dia Inesquecível

O domingo nos presenteou com uma enorme manifestação democrática, com características diferentes das de 7 de setembro.

Sem financiamento dos ogros da agro, nem do PCC, nem da Faria Lima, nem das demais organizações de agiotas, sonegadores ou criminosos.

Sem pastores fakes que enriqueceram roubando dinheiro de pobre e pregando preconceito e ódio, o exato oposto dos ensinamentos de Cristo.

Sem moralistas fakes, que defendem ou ignoram os crimes dos poderosos, ao mesmo tempo em que caluniam e condenam por convicção os que lutam pela Democracia e justiça social.

Sem patriotas fakes levando a bandeira dos EUA e de Israel. Aliás, notei que a bandeira americana esteve ausente de todas as manifestações democráticas de hoje pelo Brasil afora. Não é um fenômeno brasileiro. É um fenômeno internacional.

Li há alguns dias no New York Times que ultimamente a bandeira americana só se faz presente no exterior em manifestações antidemocráticas. Isso reflete, segundo o jornal, a “mudança internacional na percepção do papel dos EUA”.

A mudança é mérito de vários presidentes, principalmente de Donald Trump. Ele está fazendo o trabalho que eu esperava dele. Ele praticamente destruiu a OTAN e conseguiu unir seus três mais formidáveis adversários, Rússia, China e Índia. Trump está destruindo a economia e as instituições democráticas, dinamitando a Educação e a Ciência, envenenando o país com desinformação. Ele está expulsando cérebros estrangeiros das fábricas e das universidades.

O ponto alto do domingo foi a manifestação de Copacabana liderada por octogenários de alta octanagem. Eles provaram que a vida produtiva do homem não termina aos oitenta.

Nunca despertei tão animado e tão otimista numa manhã de segunda-feira.

Enfim, foi o meu presente de aniversário, com um dia de atraso. Mais do que isso, foi um presente para o Brasil inteiro.

22/09/2025
Petronio Filho

As opiniões emitidas e informações apresentadas são de exclusiva responsabilidade do/a autor/a e não refletem necessariamente a posição ou opinião da Alesfe.

Foto Amanda Perobelli/Reuters via BBC

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INFORME

Lembramos aos associados e às associadas que, nesta quinta-feira (25/9), às 14h30, ocorrerá reunião com o Sindilegis no Gabinete 15 da Ala Filinto Müller do Anexo 2 do Senado Federal.

O encontro terá como objetivo a apresentação dos novos termos da proposta de recomposição salarial — distintos daqueles debatidos na última Assembleia Geral — a serem encaminhados à administração do Senado.

A Alesfe reforça a importância da presença e da participação de todos e todas que desejem conhecer e debater a proposta atualizada.

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O Brasil saiu (novamente) do Mapa da Fome da ONU: algumas explicações

Por:  Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo e Henrique Talamoni Vallochi Salles Pinto (2025) 

 O Brasil saiu novamente do Mapa da Fome da ONU em 2025, repetindo o feito alcançado em 2014. Essa conquista histórica é resultado de um conjunto de políticas públicas implementadas a partir de janeiro de 2023, com destaque para o Plano Brasil Sem Fome, a valorização do salário mínimo acima da inflação e a ampliação de oportunidades de trabalho e renda, especialmente em regiões com maior concentração de famílias vulneráveis. Mas, afinal, o que significa “sair do Mapa da Fome”?

A ONU calcula o índice em análise com base em médias trienais. No caso do Brasil, a média entre 2022 e 2024 ficou abaixo do limite, o que possibilitou ao país sair da lista em 2025. Com efeito, a média trienal inferior a 2,5% da população brasileira em situação de subnutrição — índice considerado pela FAO como parâmetro para a retirada de um país desse indicador global de insegurança alimentar — é atribuída ao “Plano Brasil Sem Fome”, articulado tanto com avanços macroeconômicos identificados no aumento da inclusão produtiva de pessoas hipossuficientes e no resgate da política de valorização real do salário mínimo, como com um conjunto de políticas públicas intersetoriais implementadas a partir de 2023, como o fortalecimento do Bolsa Família, a ampliação da alimentação escolar e o apoio à agricultura familiar. 

O Plano Brasil Sem Fome (BSF), lançado em agosto de 2023, foi o eixo central da estratégia nacional. Coordenado por 24 ministérios, no âmbito da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN). No campo do acesso à renda, o plano fortaleceu o Bolsa Família, ampliou a inclusão de famílias vulneráveis no mercado de trabalho e retomou a política de valorização do salário mínimo acima da inflação. Como resultado, o desemprego caiu para 5,8% em 2025, o menor índice desde 2012, e a renda média real dos trabalhadores alcançou nível recorde.

Outro dado relevante: 80% dos empregos formais criados no primeiro semestre de 2025 foram ocupados por pessoas inscritas no CadÚnico, consolidando um processo de inclusão produtiva. O empreendedorismo também avançou, com cerca de 30% dos microempreendedores individuais (MEI) vinculados ao CadÚnico – em sua maioria, mulheres e pessoas negras.

No cenário internacional, o Brasil também se destacou ao propor a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada no âmbito do G20. A iniciativa busca mobilizar recursos, alinhar esforços multilaterais e fortalecer políticas públicas baseadas em evidências para acelerar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 1 – Erradicação da Pobreza e ODS 2 – Fome Zero).

A retirada do Brasil do Mapa da Fome em 2025 foi resultado de políticas públicas consistentes e de um esforço conjunto entre governo, sociedade civil e organismos internacionais. Houve avanços simultâneos na disponibilidade, no acesso e na utilização de alimentos, com aumento do poder de compra das famílias, fortalecimento da agricultura familiar e ampliação de programas sociais.

Para saber mais acesse: 

https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/textos-para-discussao/td351

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Relatório A Mulher no Orçamento: o que aprendemos cinco anos depois

Divulgamos hoje o estudo elaborado pela Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado Federal (CONORF), de autoria de Rita de Cássia Leal Fonseca dos Santos, lançado em março de 2025. O relatório analisa os cinco primeiros anos da publicação anual A Mulher no Orçamento e discute os desafios de metodologia, governança e execução para compreender os recursos destinados às políticas voltadas às mulheres.

Na sequência da publicação desse estudo, o governo federal também divulgou o Relatório da Agenda Transversal Mulheres — ano-base 2024, publicado em 30 de abril de 2025 pelo Ministério do Planejamento e Orçamento. Esse documento traz os dados oficiais mais recentes sobre empenho e execução de políticas relacionadas à agenda das mulheres.

Convidamos você a ler, investigar e analisar essas duas publicações:

As opiniões emitidas e informações apresentadas são de exclusiva responsabilidade do/a autor/a e não refletem necessariamente a posição ou opinião da Alesfe.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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Plano Brasil Soberano: Entenda a análise fiscal da Medida Provisória

Por  Ana Claudia C. S. Borges (2025) Nota Técnica de Adequação Orçamentária e Financeira nº 24/2025 (18/08/2025)

A Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle publicou a Nota Técnica nº 24/2025, que analisa os impactos fiscais e orçamentários da Medida Provisória nº 1.309/2025. O texto institui o Plano Brasil Soberano e o Comitê de Acompanhamento das Relações Comerciais com os Estados Unidos, em resposta à taxação unilateral de produtos brasileiros. A conclusão é que a MP está de acordo com as normas fiscais, mas sua execução dependerá de atos futuros do Executivo, que deverão respeitar o teto de gastos e a meta de resultado fiscal.

O Brasil enfrenta uma nova rodada de tarifas sobre suas exportações para os Estados Unidos, afetando setores-chave da nossa economia. O presidente lançou um plano econômico estratégico, focado em proteger e fortalecer empresas e empregos nacionais. Através da Medida Provisória (MP) nº 1.309/2025, cria o Plano Brasil Soberano para apoiar empresas exportadoras brasileiras.

O plano é uma resposta à taxação unilateral imposta pelos Estados Unidos a produtos do Brasil. O objetivo é fortalecer as empresas exportadoras do país com novas linhas de crédito e garantias, com a autorização do aporte de R$ 4,5 bilhões em fundos como o Fundo de Garantia à Exportação (FGE) e o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), destinados a novas linhas de crédito e financiamento.

A Medida Provisória permite o diferimento dos prazos para o pagamento de tributos para as empresas afetadas pela taxação imposta pelos EUA. A análise fiscal do governo concluiu que essa ação não configuraria uma renúncia de receita.

O que análise técnica diz?

A Nota Técnica ressalta que essa autorização não cria uma despesa obrigatória imediata, transferindo a responsabilidade da execução fiscal para atos futuros que, obrigatoriamente, deverão respeitar o teto de gastos(LC nº 200/2023) e a meta de resultado fiscal (LC nº 101/2000), em compatibilidade com o PPA, LDO e LOA.

A autorização para que o superávit financeiro do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) possa ser utilizado para financiamentos via BNDES não gera impacto primário. Isso significa que a medida não afeta a meta de resultado fiscal nem a “regra de ouro” da Constituição (que proíbe o governo de se endividar para financiar despesas correntes).

A MP prevê a aquisição excepcional, por meio de compras públicas, de gêneros alimentícios que deixaram de ser exportados. A Nota Técnica menciona também que não houve indicação do valor estimado para essa finalidade, mas destaca que essa despesa também terá de obedecer às regras de limitação de gastos.

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