Não bastasse o momento inoportuno, Rudinei Marques, presidente do Fonacate, destaca ainda que a PEC se pauta em inverdades e estigmas ligados ao funcionalismo

 

Para o presidente do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, a atual proposta de Reforma Administrativa fragiliza o serviço público em um momento no qual é seu fortalecimento é fundamental, dado o fato de que milhares servidores estão na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus.

“Como médicos, enfermeiros, servidores da área de assistência social, segurança pública e pesquisa vão parar o que estão fazendo e se dedicar ao estudo da PEC 32? É impossível (…) é quase uma covardia o Governo Federal ter encaminhado a proposta nesse momento”, salienta o dirigente – complementando que a necessidade de distanciamento social inviabiliza a realização de audiências públicas nas casas legislativas, eventos que seriam importantes para a ampliação do debate em torno da pauta.

Não bastasse o momento inoportuno, Marques destaca ainda que a PEC se pauta em inverdades e estigmas ligados ao funcionalismo – tais como a noção de ‘Estado inchado’, desmentida por uma série de estudos que concluem que o serviço público brasileiro possui uma folha bastante inferior à média dos países desenvolvidos do globo.

Sua reflexão integra a série de Podcasts “Reforma Administrativa – O que esperar ?”, produzida pela ALESFE – Associação dos Consultores Legislativos e Advogados do Senado Federal.

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